terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Zombies da vida real: será que a consciência emerge da actividade cerebral?

   A ciência sugere fortemente que sim. Neste texto será analisado o caso da síndrome de cotard. Para já a síndrome de cotard é caracterizada pela crença da pessoa de que está de facto morta. 
   Ao olharem para o metabolismo cerebral os cientistas verificaram que em média este estava mais de 20% mais baixo do que o normal num paciente com a síndrome de cotard que afirmava não ter cérebro, sendo também mais baixo que na depressão major. Algumas das regiões cerebrais afectadas incluíam as consideradas responsáveis pelo reconhecimento do "eu". Isto é o mais perto que encontramos de um zombie na vida real, excepto que estes dão-se como mortos. Este caso encaixa e até certo ponto apoia a noção de que a consciência emerge da actividade cerebral e não de qualquer força sobrenatural/divina ou de uma alma humana, pois o paciente não está a agir de uma forma plenamente consciente, pensando mesmo que está morto e que não tem cérebro. Isto é o contrário daquilo em que os católicos e demais cristãos gostam de acreditar de modo a sentirem-se especiais relativamente às outras espécies animais. 

P.S.: Este texto provavelmente terá uma parte II num futuro mais ou menos próximo

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