sábado, 31 de outubro de 2015

FAQ (Parte II): Incesto

Não pessoal, não é pornografia, é mais uma série de afirmações estúpidas, seguidas das minhas respostas inteligentes… mas há quem diga que a inteligência é sexy ;).

2. Sem deus não existem argumentos contra o incesto: A ideologia cristã defende que quando se nega que Deus seja a Referência Moral Absoluta, o homem fica moralmente à mercê da arbitrariedade humana.

Há sim argumentos contra o incesto: aumentar a probabilidade da transmissão de doenças genéticas. Honestamente não quero discutir as questões morais por agora, pois não me parecem assim tão fulcrais para aquilo que se deve praticar ou legislar neste caso. Abordarei apenas as questões lógicas e científicas.

2.1. Isso está em contradição com o facto de se aceitar a prática e legalização do aborto, pois assim o argumento das doenças já não interessa.  

Errado. Normalmente nos exames laboratoriais realizados rotineiramente só se procuram alterações “grandes” (cromossómicas), como trissomias, por exemplo, que muitas vezes têm mais a ver com a idade da mãe do que com doenças hereditárias. E mesmo que se vejam muitas das alterações nos outros exames (como são as ecografias), também só se detectam coisas que saltem à vista. Por exemplo, as anemias e a tendência genética para demências não se consegue obviamente detectar, bem como o autismo por exemplo.
Estes crentes são o cúmulo da burrice. E ainda teimam!

Adenda: Usar preservativo faz com que os casais não tenham filhos biológicos e isso pode ser frustrante. Você pode dizer o mesmo dos homossexuais, é verdade ou dos trans, é verdade, mas eu não estou aqui a defender a proibição, mas sim que esse tipo de relações pode não ser das melhores opções - e enquanto que para essas pessoas isso é uma opção, para os homossexuais e trans isso não é bem assim. A alternativa é sentir-se ainda pior e mais frustrado a longo prazo (vs. a curto prazo por não poder casar com a irmã ou ter uma relação séria com ela).
Sim, eu não vejo problema nenhum em legalizar o incesto, mas dizer que não há argumentos contra (no geral, como o título parece querer implicar e mesmo depois quando o texto se desenrola) sem recorrer à religião é falso. 

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