sexta-feira, 24 de abril de 2015

WTF??

São 6 e tal da manhã e cá estou eu. Não conseguindo dormir dei um salto ao meu blog criacionista de eleição (sim, porque este tem qualidade, até é escrito por um cientista de renome e tudo...) e o que vi eu na caixa de comentários do último texto? Vi isto (em resposta a outro comentário): 

«allisonzigfridd says:
Obrigado pela resposta Anderson, acho que eu fiz confusão e não entendi bem o que o texto queria dizer, mas é culpa minha. Agora entendi. rs
Eu li na Nature que esses tecidos moles e suas propriedades orgânicas foram preservados pelo ferro presente no próprio organismo do animal, já que o ferro não se decompõem e sobre situações específicas ele se mantem praticamente inalterado, “conservando” os tecidos moles.
Bom, infelizmente os evolucionistas não aceitam, pelo contrário, preferem acreditar na incoerência, mesmo que a ciência diga o contrário.» 
Wtf? Quero dizer, ele primeiro explica exactamente porque é que os tecidos foram preservados sem recorrer a parvoíces de criacionistas da Tera jovem (bem, pelo menos leu alguma coisa) e depois, em com esta de que isso são só os evolucionistas que não aceitam. Ok... quem não aceita a explicação científica - de acordo com tudo o que se sabe sobre o assunto - é ele. Aliás, eles, criacionistas da Terra jovem. Incrível. Mas que começo de dia. Mas bem, eu é que me fui lá meter, por isso...  

Quanto ao texto, diz exactamente que os investigadores têm dúvidas de que o carbono 14 tenha origem no dinossauro - ou seja, claro está que a única opção não é a Terra ser jovem. Embora também diga: «no bacterial proteins or hopanoids were detected» (no original em Inglês). Mas esta citação foi retirada do seu contexto original pelos criacionistas. Acontece que até cola, DNA de coelho e humano, além de bacteriano, foi encontrado: 
«(although no bacterial proteins or hopanoids were detected, one bacterial DNA sequence was amplified by PCR, and microscopic clusters of bone-boring cyanobacteria were seen in places along the perimeter of the diaphyseal cortex). Two short DNA sequences of possible lagomorph origin were amplified by PCR (together with three human sequences), and consequently it is possible that the outer surface of the bone has been painted with animal glue at some point. Nonetheless, based on the extremely weak PCR products obtained from the DNA analysis (8–26 ng/μl after two rounds of PCR and doubling up of the PCR reaction volume, suggesting very few copies of template DNA prior to PCR), the amount of lagomorph contamination is exceedingly small and cannot account for the relatively large quantities of fibrous matter located in between the vessel-like forms (i.e., in the area of the osteoid). Additionally, some fiber bundles are partially mineralized (Figure 8), providing convincing evidence for their antiquity. Accordingly, we find it reasonable to conclude that the collagenous biomolecules recovered from the fibrous tissues of IRSNB 1624 are primary.»

Sem comentários:

Enviar um comentário