sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A criatividade humana e a existência deus


O ser humano, desde tempos imemoriais possui um nível de criatividade que não encontramos nem mesmo nos nossos primos mais próximos, os chimpanzés. Uma vertente dessa capacidade é virada para a invenção de deuses, demónios, fadas unicórnios, etc. É claro que se eu afirmar que deus(es) não existe(m) e justificar essa afirmação simplesmente com este facto, o crente rapidamente salta da cadeira e grita histericamente "falácia genética!". Este facto por si só indica apenas que não é preciso deus(es) para explicar a crença em deus(es).  Mas isso é um assunto tangencial. 
Eu concordo com o que dizem (bem, gritam) os crentes. No entanto, apesar de simplesmente mencionar este facto não ser justificação para afirmar que provavelmente deus(es) não existe(m), uma apreciação da probabilidade de acertarmos ao acaso na realidade ou no "deus verdadeiro" (para citar o Mats e os seus acólitos pomposos) serve. 
No secundário, tive uma colega que, apesar de viver a poucos metros da escola, chegava quase sempre atrasada às aulas da manhã, sobretudo à aula de matemática. Como disse a professora, a probabilidade da V. chegar atrasada tendo em conta os dados anteriores (o número de vezes que ela chegou atrasada vs. o número de vezes que chegou a horas) é muito elevada e a probabilidade de chegar a tempo é muito baixa. Quantas vezes o Homem acertou em algo que inventou? Muito poucas que se saiba, portanto, é estatisticamente pouco provável que quem inventou o deus do velho testamento (e o do novo) tenha acertado, para além de que, sendo praticamente adivinhação, não temos garantias nenhumas de que existam tais deuses. Além disso, actualmente não há nada que indique que acertaram. Nada. É uma ideia sem mérito. Sempre foi ficção e não é agora que deixa de ser. E não vejo aqui falácia nenhuma. 

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