sábado, 9 de agosto de 2014

Compatibilidade entre a teoria da evolução e deus – Não faz sentido (Cont.)

A parte do desejo de deus de ser venerado e notado (basta pesquisar sobre a Bíblia ou directamente na própria Bíblia) e de isso ser inconsistente com o uso de processos naturais para criar vida (relativamente a qualquer deus que queira ser venerado, não só o deus cristão passa despercebida aos que abordam um assunto em geral, pelo que me é dado a conhecer. Por exemplo, num longo (e algo entediante) texto (1), a autora Greta Christina, comenta o tema do evolucionismo teísta e do design inteligente (versão Michael Behe), que têm bastante em comum, só que os evolucionistas teístas convencionais afirmam que não se pode distinguir a acção divina, escapando ao teste – mas devia haver evidências para ser coerente com o deus em causa. Ela aborda o problema da crueldade no processo evolutivo (se foi deus a utilizá-lo), aborda o mais óbvio, que é a falta de evidências – em ciência, sem evidências, não temos como aceitar uma hipótese, mas passa ao lado do mais importante: devia haver evidências se deus quer ser venerado e notado, e usar o processo evolutivo natural não é uma boa forma de o conseguir – e não há, de facto, evidências. Deus (o deus cristão, neste caso, e possivelmente a versão muçulmana, Alá), é uma personagem que parece forçar-se a ser “boa” e justa, ou por dar essa aparência (mais provavelmente esta última) – o que também não é compatível com o rasto de destruição bem perceptível do processo evolutivo. No entanto, as tendências narcisistas são evidentes e precisa de ser adorado, venerado, e notado (enviou o seu filho e revelou-se ao longo da Bíblia, ou seja, assim crêem os cristãos). Para quê usar este processo que é tudo menos notável, e não deixa evidências? Segundo os cristãos, nos tempos bíblicos não era assim tão tímido, pois não? Não faz sentido, não é coerente com o deus da Bíblia, nem seria inteligente. Nem faz sentido as pessoas não repararem nisto.
Para terminar: «Claims that a god operates in the natural world (...) lack evidence in support. They make no predictions. They guide no hypotheses. They add nothing to any explanations of the natural world. They are contradicted by an absence of evidence.», P.Z. Myers (Pharyngula


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